IGP-DI sobe 2,91% em janeiro
O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) subiu 2,91%
em janeiro, percentual superior ao apurado no mês anterior, quando havia
registrado taxa de 0,76%. Em 12 meses o índice acumula alta de 26,55%. Em
janeiro de 2020, o índice havia variado 0,09% e acumulava elevação de 7,72% em
12 meses.
“A forte aceleração registrada nos preços das matérias-primas brutas
(-0,81% para 7,29%) e dos bens intermediários (1,60% para 2,88%) contribuiu
para o avanço da taxa do IPA, a qual passou de 0,68% para 3,92%. Com este
movimento, o IGP subiu 2,91%, acumulando em 12 meses alta de 26,55%, o maior
resultado desde junho de 2003, quando subira 26,94%”, afirma André Braz,
Coordenador dos Índices de Preços.
Índice de Preços ao Produtor
Amplo (IPA)
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 3,92% em janeiro, ante
0,68% em dezembro. Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo
Bens Finais variou de 1,62% em dezembro para 0,79% em janeiro. O principal
responsável por este recuo foi o subgrupo alimentos processados, cuja taxa
passou de 1,23% para -0,99%. O índice de Bens Finais (ex), que resulta da
exclusão de alimentos in natura e combustíveis para o consumo, variou 0,70% em
janeiro, contra 0,81% em dezembro.
A taxa do grupo Bens Intermediários passou de 1,60% em dezembro para
2,88% em janeiro. O principal responsável por este avanço foi o subgrupo
materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa passou de 0,33% para
2,92%. O índice de Bens Intermediários (ex), calculado após a exclusão de
combustíveis e lubrificantes para a produção, subiu 2,89% em janeiro, ante
0,74% no mês anterior.
O estágio das Matérias-Primas Brutas subiu 7,29% em janeiro. Em
dezembro, a taxa havia registrado queda de 0,81%. Contribuíram para o movimento
da taxa do grupo os seguintes itens: soja em grão (-12,72% para 6,49%), milho
em grão (-6,77% para 8,34%) e minério de ferro (13,32% para 16,69%). Em sentido
oposto, vale citar aves (1,65% para -4,31%), leite in natura (2,80% para
-0,23%) e cana-de-açúcar (2,02% para 0,70%).
Índice de Preços ao Consumidor
(IPC)
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 0,27% em janeiro, após
variar 1,07% em dezembro. Quatro das oito classes de despesa componentes do
índice registraram decréscimo em suas taxas de variação: Habitação (2,87% para
-1,16%), Alimentação (1,47% para 1,24%), Comunicação (0,02% para -0,04%) e Saúde
e Cuidados Pessoais (0,29% para 0,28%). Nestas classes de despesa, vale
mencionar o comportamento dos itens: tarifa de eletricidade residencial (11,93%
para -6,69%), carnes bovinas (2,99% para 0,94%), mensalidade de TV por
assinatura (0,73% para -0,34%) e artigos de higiene e cuidado pessoal (0,69%
para 0,08%).
Em contrapartida, os grupos Educação, Leitura e Recreação (-0,58% para
0,37%), Transportes (0,68% para 0,88%), Despesas Diversas (0,22% para 0,38%) e
Vestuário (0,38% para 0,55%) apresentaram acréscimos em suas taxas de variação.
Estas classes de despesa foram influenciadas pelos seguintes itens: cursos
formais (1,66% para 5,03%), gasolina (0,92% para 2,61%), serviços bancários
(0,00% para 0,33%) e roupas (0,35% para 0,67%).
O núcleo do IPC registrou taxa de 0,27% em janeiro, ante 0,34% no mês
anterior. Dos 85 itens componentes do IPC, 48 foram excluídos do cálculo do
núcleo. Destes, 13 apresentaram taxas abaixo de 0,06%, linha de corte inferior,
e 35 registraram variações acima de 0,63%, linha de corte superior. O índice de
difusão, que mede a proporção de itens com taxa de variação positiva, ficou em
69,03%, 4,52 pontos percentuais abaixo do registrado em dezembro, quando o
índice foi de 73,55%.
Índice Nacional de Custo da
Construção (INCC)
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,89% em janeiro,
ante 0,70% no mês anterior. Os três grupos componentes do INCC registraram as
seguintes variações na passagem de dezembro para janeiro: Materiais e
Equipamentos (1,59% para 1,37%), Serviços (0,25% para 0,79%) e Mão de Obra
(0,10% para 0,55%).
O estudo completo está disponível no site.