Conheça os principais indicadores de gestão
Como o próprio nome já diz, os indicadores de gestão são métricas de resultado, que têm o objetivo de gerar informações do âmbito financeiro da empresa para a análise de desempenho e de resultado. Sem eles, os gestores acabam não conseguindo tomar decisões de maneira embasada – e esse por si só é o principal objetivo dos indicadores como um todo: direcionar a tomada de decisão.
No entanto, por mais que a sua importância seja valorizada, pouquíssimas empresas de pequeno e médio porte controlam seus indicadores financeiros. Definir, coletar, consolidar e analisar esses dados não é uma tarefa simples – exige tempo, disciplina e uma gestão voltada para resultados.
Indicadores financeiros: qual é a sua importância?
Os indicadores financeiros nos mostram tanto o nosso desempenho passado – quais foram os resultados do mês anterior, por exemplo – quanto nos permitem uma previsibilidade futura – a partir do orçamento, qual vai ser o resultado no ano seguinte, por exemplo.
A partir dos dados obtidos, é possível enxergar com muito mais clareza os pontos críticos do negócio e também seus principais pontos de alavancagem. E com esse entendimento, planejar e elaborar novas estratégias para conduzir uma melhor gestão dos recursos.
Quais são os principais indicadores financeiros que existem?
De acordo com o professor do MBA em Gestão Financeira: Controladoria, Auditoria e Compliance, Eduardo Holder, existem dezenas de indicadores que podem ser usados para analisar a gestão econômico-financeira de uma empresa, mas quais deles devemos usar para fazer uma análise completa? Podemos trabalhar três vertentes para a análise econômico-financeira de uma empresa, são elas:
Econômica (Rentabilidade);
Financeira (Liquidez);
Estrutural (Endividamento e Prazos Médios).
“Uma análise completa deve observar os três grupos de indicadores para que não seja feita uma análise míope. Ou seja, temos que analisar a rentabilidade para saber se a empresa está tendo resultado econômico e retornando o investimento feito pelos sócios”, explica o professor. Assim como, por outro lado, não podemos esquecer da análise financeira. Ela verifica a capacidade de pagamento da organização, além da sua necessidade e cobertura do capital de giro.
Por fim, a última vertente está relacionada com a análise estrutural. “Nela é verificado como a empresa está se financiando, seja com capital próprio ou de terceiros, no curto ou longo prazo, e qual a política usada para os prazos de pagamento, recebimento e estoque que culminam nos ciclos econômico, financeiro e operacional da organização”, esclarece o professor.
Ou seja, é fundamental que sejam utilizados um grupo de indicadores para ter uma visão sistêmica da organização e o professor Eduardo Holder inclusive já sugere os sete índices abaixo para a realização da análise:
Dinâmica de Fleuriet: oferece uma visão completa da gestão financeira da empresa, mostrando a necessidade de capital de giro, sua cobertura e se a empresa está conseguindo gerar saldo de tesouraria. Além de mostrar a possibilidade de estar acontecendo o temido efeito tesoura;
Endividamento Geral: demonstra o percentual de capital de terceiros que financia o investimento feito na empresa;
Composição da Exigibilidade: este indicador responde de forma clara quanto do capital de terceiros está no curto prazo, mostrando qual a composição do capital de terceiros no endividamento total da empresa;
Ponto de Equilíbrio: se o lucro é o objetivo maior de uma empresa, este indicador demonstra o momento exato em que ele passa a existir. Este indicador pode ser considerado um dos números mais importantes que temos na análise de uma organização;
Alavancagem Econômica: ela demonstra como varia o resultado econômico de uma empresa em relação às variações ocorridas no seu faturamento. Ou seja, quanto maior o GAO, maior será a capacidade da empresa de gerar lucro e o risco empresarial;
Rentabilidade do Patrimônio Líquido: mostra qual o retorno que o investidor tem por ter colocado seu capital na empresa. É o índice mais importante pela ótica do investidor e proporciona uma visão perfeita da viabilidade da empresa;
EVA: mostra a geração de valor para o acionista, ou seja, quanto a empresa gerou de recurso a mais que o custo do capital empregado no período.
Com todos esses indicadores é possível fazer uma análise completa e detalhada sobre tudo o que está acontecendo na empresa, bem como o risco empresarial nas tomadas de decisão é reduzido ao máximo. É importante ainda que a empresa possua um sistema que permita a organização desses dados, bem como a sua exposição, de maneira que facilite aos gestores a sua análise para saber como avaliar a saúde financeira de uma empresa.
Para isso, é preciso que o gestor entenda o que são indicadores financeiros e saiba agir de acordo com o que eles demonstram em relação à saúde da sua empresa. Por isso, aproveite e CLIQUE AQUI para conhecer o MBA em Gestão Financeira: Controladoria, Auditoria e Compliance. Ele foi desenvolvido pela FGV através da combinação de conceitos e práticas que proporcionam ao participante uma visão estratégica no processo decisório.